As preocupações associadas aos efeitos da qualidade do ar na saúde pública têm geralmente em conta a poluição atmosférica, no exterior dos edifícios. Apesar disso, nas sociedades atuais as pessoas passam a maior parte do tempo em ambientes interiores: nas suas casas, nos locais de trabalho, em zonas comerciais e de lazer no interior de edifícios, etc.
Nesses espaços interiores, as fontes associadas aos materiais de construção, de revestimento e de mobiliário, a utilização de produtos de limpeza, a ocupação humana bem como a deficiente ventilação e renovação do ar, são alguns dos contributos para que, tanto o número de poluentes como a sua concentração sejam, em geral, muito mais elevados do que no ar exterior.
A prevenção dos problemas de qualidade do ar interior (QAI) deve ser conseguida através da utilização de regras de boas práticas relativas à ventilação e à higienização dos espaços, bem como a correta implementação dos planos de manutenção dos edifícios, como por exemplo: alterações nos hábitos dos ocupantes, substituição de alguns materiais utilizados na decoração ou de produtos utilizados na limpeza, ou um ajustamento das taxas de ventilação dos espaços interiores.